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quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Corra do seu jeito: será que existe um jeito certo de correr?

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Tem muita gente ensinando o jeito certo de correr, explicando a melhor forma de pisar, sugerindo uma forma específica de corrida… Mas será que realmente precisamos aprender como correr ou devemos correr da forma que parece certo para o nosso corpo? Há muitos especialistas que dizem existir o movimento correto para a corrida, enquanto outros afirmam que o jeito certo de correr é da maneira que você se sente melhor.
Na ciência, o número de pesquisas sobre as técnicas de correr são várias, e uma delas é bem interessante: sugere que novos corredores conseguem melhorar a forma que correm apenas correndo mais. Publicado no Journal Medicine & Science in Sports & Exercise, o estudo foi feito com um grupo de mulheres adultas que eram recém-praticantes de corrida de rua.
Todas as mulheres que concordaram em ser estudadas eram saudáveis, na faixa dos 20 ou 30 anos, peso normal, e eram novatas na corrida de rua. Elas receberam um par de tênis (que não influenciava na mecânica natural de cada uma), e antes de começarem os treinos, foram ao Laboratório de Bioenergética da University of Exeter, na Inglaterra, para serem equipadas com sensores de captura de movimento, monitores de frequência cardíaca e outros equipamentos de medição. Todas elas correram em uma esteira enquanto foram filmadas.
Depois, os cientistas calcularam a aptidão aeróbica de cada corredora, particularidades biomecânicas e economia de corrida – medida da quantidade de oxigênio que uma pessoa usa para correr em um ritmo específico. Um corredor mais econômico exige menos energia do corpo do que outros e deve ser capaz de correr mais tempo ou mais rápido.
O estudoNa primeira semana, elas alternaram entre corrida e caminhada com o objetivo de correr sem parar por 30 minutos. No início, as corredoras não foram muito econômicas . Uma vez por semana, elas se reuniam para uma corrida em grupo, com um pacer encorajando-as a correr mais, como um coach, sem ensinar o jeito certo de correr,  apenas dando um estímulo psicológico para que elas continuassem. No restante do tempo, cada mulher treinou por conta própria e em seu próprio ritmo.

Ao final do estudo, nenhuma das corredoras ficou ferida ou perdeu peso durante a pesquisa. Porém, ao longo das 10 semanas, elas se tornaram melhores corredoras. A velocidade e a resistência aumentaram – a maioria conseguiu correr os 30 minutos ininterruptos a um ritmo de 7 a 8 minutos por quilômetro. E elas se tornaram notavelmente mais econômicas durante a corrida, com capacidade de utilizar oxigênio aumentada em cerca de 8,5 %.
Elas aprenderam um jeito certo de correr para se tornarem mais econômicas durante a corrida? Segundo os autores do estudo, elas mudaram, de forma sutil, como se moviam, em um esforço inconsciente para fazer o ato de correr mais fácil.
Mas o que mais chamou a atenção dos pesquisadores não foram as alterações, mas o que não se alterou. A pisada. A maioria se dividia entre pisar com o calcanhar primeiro no solo ou com o meio do pé. Durante as 10 semanas nada mudou na forma como elas pisaram.
Os resultados levantaram uma questão interessante no que diz respeito a ensinar as pessoas a correr. Se os corredores podem se auto-otimizar, como as mulheres neste estudo parecem ter feito, talvez os especialistas devam ensinar os corredores a entender como funciona o movimento da corrida em vez de mudar completamente o padrão de corrida baseado em outra pessoa.
O estudo foi pequeno, de curto prazo e com um tipo específico de corredor. Iniciante, adulto, do sexo feminino e lento. Se os resultados se aplicam igualmente aos jovens, experientes, do sexo masculino, ou atletas velozes não podemos afirmar. Também é impossível dizer se os estilos de corrida selecionados iriam reduzir ou contribuir para o risco de lesões a longo prazo.
A pesquisa mostrou que é possível otimizar a corrida naturalmente, tornando-se mais consciente do seu jeito de correr. O seu corpo pode ser o seu melhor treinador – principalmente se você é um corredor iniciante.

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domingo, 17 de abril de 2016

Por que não consigo correr sem parar?

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Entenda os motivos que atrapalham na hora de completar a distância pretendida

correr


Imagine a cena: você finalmente cria coragem para encarar uma prova de corrida de rua e, durante o desafio, percebe que as coisas não estão indo da maneira esperada. Seu corpo não está conseguindo manter o ritmo e você é obrigada a diminuir as passadas. Essa situação não é incomum assim e muita gente já passou por ela.
Segundo o diretor técnico da Lobo Assessoria Esportiva, Rodrigo Lobo, existem muitos motivos que podem influenciar na dificuldade do atleta em consegui manter o pace durante toda uma prova.

“Regularidade, disciplina de treinos e hábitos de vida devem vir em primeiro lugar”, orienta o especialista, que completa: “Junto a esses fatores, a qualidade de treinos – como distribuição adequada de volume e intensidade – é responsável pela evolução sólida do atleta, fazendo com que apenas algum problema muito sério, fora de controle, faça com que ele não consiga terminar uma prova”. O segredo, então, é conseguir focar nos treinos com muita determinação e seriedade antes das provas.

O treinamento para quem quer encarar as corridas pode ser realizado de diversas formas, porém, devendo sempre ser acompanhado por um profissional habilitado, que dê as melhores indicações de acordo com os limites e objetivos do corredor.

“É interessante investir nos treinos variados, como na esteira e na rua, além do fortalecimento muscular (musculação, treinamento funcional, entre outros) e treinos técnicos, como os educativos de corrida”, sugere. Para Lobo, outra dica importante é também investir em treinos complementares, como ciclismo e natação.


O que fazer no dia da prova?

No dia da corrida, é importante ficar ligado em alguns conselhos sugeridos pelo treinador, como, por exemplo, quanto à alimentação pré-prova. “Deve-se evitar alimentos gordurosos, com muita proteína e fibras”, aconselha. Além disso, é recomendado que o atleta mantenha sua alimentação habitual, mas sempre tomando cuidado em não exagerar no consumo dos alimentos citados.

Outro fator importante é quanto ao aquecimento antes de dar início ao percurso. Ele é importante para “dizer” ao cérebro que você começará um exercício mais prolongado em breve. Um bom aquecimento começa com alongamentos, principalmente das pernas.

Segundo o especialista, apesar de muito importante, o aquecimento não é, de fato, o motivo principal e condicional para se conseguir realizar a prova até o final, sem parar. Ele ainda orienta que, quanto menor a distância, melhor deve ser o aquecimento. “Por exemplo, nas provas leve ou caminhadas, 5 a 10 minutos alongando auxilia na preparação do organismo para receber o estímulo de alta intensidade sem gerar mal estar ou causar algum tipo de lesão.”

Também é imprescindível ficar atento à hidratação durante a corrida. De acordo com Lobo, quanto maior for a distância do percurso – e quanto maior o calor e umidade no dia da prova –, maior é a perda de líquidos. “Recomenda-se pequenos goles de água a cada 2 ou 3 km”, sugere o entrevistado.

Quanto ao uso de géis de carboidratos, eles são ideais para o bom desempenho em prova de distâncias maiores, como nas de 15, 21 e 42 km. Nesse caso, segundo o treinador, recomenda-se uma reposição a cada 8 ou 10 km.

Em relação à respiração, não há uma recomendação específica que ajude o indivíduo a manter o ritmo durante a corrida. Conforme explica Lobo, a própria variação de intensidade entre os movimentos realizados ajustarão o fluxo respiratório, o elevando ou diminuindo de acordo com o ritmo do corredor.
Em todo caso, se o ritmo das suas passadas não corresponder à sua vontade em finalizar a prova e você sinta dores musculares ou qualquer outro mal súbito, reduza o ritmo da corrida. Dependendo da intensidade, comece a caminhar ou, até mesmo, pare os movimentos.